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Alguns olhares, algumas reflexões sobre momentos na jornada do turismo, do esporte, da fotografia e de outras paixões. Professora universitária, mulher, pesquisadora e viajante do mundo.

quarta-feira, 13 de julho de 2016

Minha primeira Meia Maratona no Desafio 42km, Serra de Itabaiana/Se!

Ano passado (2015), quando o desafio foi lançado, eu e meu marido, Geraldo Pires, nos propusemos a fazer 21km e a treinar para ele. Seria a nossa primeira meia maratona juntos. E assim começamos a fazer. Ao longo do ano vários foram os acontecimentos que o tiraram do foco, claro, como tudo na vida, nada é fácil e esse desafio se mostrou que também não seria, principalmente para ele....trabalho, estudo, falta de grana para pagar os treinos, tudo junto e mais algumas coisinhas o fizeram não cumprir ao nosso objetivo juntos, treinar.... Eu pegando no pé dele para não aumentar o peso, não desanimar, nem desistir. Desistir? Que palavra é essa mesmo? Qual o sentido dela em nossas vidas? Não existe!!! Não somos desistir, às vezes, precisamos rever as metas, as estratégicas, e tal, mas desistir nunca e assim fomos. O mês chegou, a semana chegou, o dia da entrega do kit chegou e o frio na barriga aumentou...eis o grande dia, 10 de julho de 2016!
Acordamos 3h da madrugada para começar o dia. Um café reforçado, seguindo as orientações da minha nutricionista, Dra Amanda Mitidieri, hidratação e suplementação ok (uso maltodrextrina como reforço, tangerina e barras de cereais na bolsa), kit primeiros socorros que sempre nos acompanha, desde a época dos pedais; e tudo o mais que estava previsto para o dia do desafio....partimos para a Serra de Itabaiana, no município de Areia Branca/Se, ansiosos por ele, os 21km pelos quais estávamos focados desde o ano passado. Chegamos, encontramos amigos, muita gente em grupo, aquecendo, papeando, curtindo o friozinho que fazia na cidade e aquela paisagem linda, típica de áreas serranas, as nuvens encobrindo o topo....ia ser um dia muito intenso, com certeza. Respira, alonga, fotografa, “selfia” (aproveitando para criar uma palavra hehehehe), papeia, respira novamente...Contagem regressiva e lá partimos nós, às 7h40 da manhã, Geraldo fazendo foto, eu filmando e o coração, ahhh esse na “boca” esperando o que vinha pela frente. Primeira descida, "muito menos pesada do que o ano passado", pensei eu, menos lama e a turma descendo...ah como é bom ficar no fundão a essas horas, porque vc vê aquele caminhar de forminguinha lá em baixo, formado pelos atletas mais afoitos e que buscavam classificação e pódio..... "a galera desceu correndo ou voou", pensei eu? Seguimos, riachinho subidinha, “fotinhas” e vamos simbora. "Já vem gente dos 5km?, nossa como são rápidos", pensei e eu, na minha, seguindo tranquilamente, porquê sabia que precisava economizar energia e soltar os músculos das pernas para conseguir. E Geraldo fazendo foto, curtindo demais.
Eis que chega o desmembramento das quilometragens, seguimos e claro, eu passei direto, porque não tinha sinalização na divisão dos 10km para os 21km (alguns trechos estavam assim, porque os passantes tiraram as fitas, vimos em alguns outros lugares e até na cabeça de um adolescente), desci um pouco e voltei, para pegar o caminho certo...e lá vem subida! Nunca gostei de ladeira, sempre foi meu maior desafio nos pedais, e lá vem a primeira, bem intensa, subida, subida e mais subida e foi o primeiro desafio pra Geraldo, faltou ar, faltou resistência, pediu pra sentar e eu preocupada com ele. Encontramos com uma turma, nos unimos nesse momento e seguimos, mais lentos, mais calmos, e fazendo foto....uns grupos passavam, umas duplas iam, e seguimos, firmes. Que paisagem linda de lá de cima, que maravilha contemplar a natureza e como estava parceiro o tempo para com os loucos dali de cima. Seguimos!
Um passo de cada vez, uma subida de cada vez, uma parada, uma respirada, uma verificada no percurso, checar como marido estava e seguimos...particularmente, estava muito bem, seguindo tudo o que pesquisei sobre o assunto, usando as orientações dos diversos profissionais que falaram sobre suas experiências e lembrando do que os amigos, experientes nesse tipo de prova, me falaram pra fazer...seguimos, firmes, conversando, refletindo, rindo e curtindo cada nova conquista. Chegamos ao topo, eu doidinha pra saber qtos kms já havíamos feitos. “Olha o helicóptero”, brinquei que ia pegar carona...Uma suplementação no topo, foto e risadas, conseguimos chegar aos 10km, todos inteiros.
Lá vem uma descida, com uso de corda, rapel de leve, e eu me joguei, nem lembrei que tenho medo de altura e fui, lembrando das técnicas, auxiliei Geraldo em como descer e fomos, e claro, ele fez fotos!
Desce e sobe, sobe e desce, nunca vi tanta subida junta, sobe, sobe e sobe, serração lá em cima, que paisagem massa, que coisa mais linda, Geraldo precisou parar para recuperar o fôlego e eu aproveitei para fazer umas filmagens. E lá vem a turma subindo, engraçado como ouvimos umas coisas interessantes ao longo do caminho....interessante como cada pessoa reage ao ser levada ao seu extremos....observar a reação da natureza humana quando levada ao intenso e a sair da sua zona de conforto é um aprendizado incrível. Como é incrível o nosso corpo e a nossa mente! Daí pra frente, nada de fotos....só chegar era o que queríamos!
Seguimos e eis que chegamos ao topo, Geraldo firme, forte e me surpreendendo e eu ainda preocupada, porque ainda tinha o resto do caminho para fazer. Serração, vento frio e chuva, foi o que nós pegamos ao longo do percurso até lá em cima, outro ponto de hidratação, mais suplementação e agora, fome de salgado hehehe e um dos stafs: “falta pouco e o almoço já está sendo servido” aí olhei para o relógio, meio dia! Nossa, começamos 7h40 e meio dia e ainda estávamos no topo da Serra? “Ai meu Deus”, pensei eu...agora, vamos com tudo para descer.
Ai ai ai ledo engano, pegamos uma descida de pedra, e outra de areia fofa, que nunca abavam, “só Jesus na causa, pensei eu” e num desses trechos, de areia fofa, Geraldo teve uma caibra pesada, nossa vi a hora dele cair e meu medo veio com tudo....”meu amor, segura aí, estica a perna, alonga, ponta de pé” peguei a panturrilha dele e fiz uma massagem, e a perna melhorou pra continuarmos....reduzimos o ritmo e fomos.
Tem horas que eu penso o quão podemos ir? Cada descida era uma maravilha, mas como dizem, depois de uma descida, vem outra subida e assim foi... saímos da areia fofa e pegamos um estradão, corremos, trotamos, caminhamos, eu já não aguentava mais.... já começava a pensar em comida, kkkk, queria churrasco, queria lasanha, queria frutos do mar, queria hambúrguer, queria qualquer coisa que repusesse minhas energias e uma cerveja gelada, ai como eu queria.... Bom, sei que já perto da chegada, lembrei de tanta coisa pelo que já vivi para estar ali e olhava pra Geraldo, firme, cansado, mais firme, pra chegar ao final daquele desafio tremendo. Reta final, última subida e pareceu ainda mais longa, fomos, subimos e eu ainda fiz uns minutos de filmagem, enquanto Geraldo caminhava, com o resto de forças que lhe restavam....corremos no paralelepípedo, sinal de que estava no fim essa saga, e Geraldo já sem forças, chegou exausto, mais chegou, mais chegamos....E fomos recepcionados pela turma que já estava saindo, há muito finalizado a prova, e fomos recepcionados pelo nosso querido amigo, padrinho Mário Eugênio, “estou orgulhoso de vcs, meus afilhados”, disse ele e eu chorei, pq Geraldo foi muito mais do que guerreiro, foi muito mais do que tudo, e por ele, eu segurei todo o meu sentimento de dor, de cansaço, e fui, firme ao seu lado, mantendo o ritmo pra não desistirmos....
E lá vem Fabrícia, oh querida Fabrícia, cuidar da gente, Geraldo não estava bem e eu querendo fazer foto hehehehe ai ai, assim foi nossa chegada, Otaviano cuidando, preocupado tb... Por fim, aos 24,800km marcados pelo strava e às 7h e pouco, finalizamos esse desafio, loucura total, que eu curti ter feito e que me valeu muitas reflexões ao longo do percurso...

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Ministro do Trabalho recebe Instituto Brasileiro de Turismólogos

O ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, recebe na próxima terça-feira (08/02), representantes do Instituto Brasileiro de Turismólogos na esplanada dos Ministérios em Brasília, DF.

Filiado ao Partido Democrático Trabalhista – PDT, Carlos Lupi está no comando do ministério desde 29 de março de 2007, será a primeira vez que categoria busca aproximação para reivindicar direitos e apresentar propostas. Um momento histórico!

Será apresentado estudo da situação do turismólogo em todo Brasil, realizado no último ano pelo IBT, aponta que mais de 40% dos bacharéis em turismo formados não atuam no setor. (mais informações)

Na pauta:

*Agilidade no processo de reconhecimento do turismólogo na Classificação Brasileira de Ocupações - CBO;
*Apoio na interlocução com o Ministério do Planejamento para inclusão do turismólogos no plano de cargos do governo federal;
*Ações de qualificação profissional atraves do PNQ – Plano Nacional de Qualificação do FAT;
*Elaboração de relatório estatísticos dos últimos 10 anos da cadeia produtiva do turismo;

Fonte: http://www.turismologos.org.br

Roteiros Turísticos pelo mundo

ROTEIRO PORTUGAL

Dia Inteiro


Programa: ESTORIL – CASCAIS – CABO DA ROCA – SINTRA

Grupo até 8 pessoas - € 40,00 por pessoa (mínimo 2 pessoas)

Contactos: Luciana Gusmão (351) 91 293 1411 / 21 409 4872

lucianabarrettolima@gmail.com


Saída de Lisboa com destino à famosa costa do Estoril, com clima temperado todo o ano, belíssimas praias e uma colecção de vistas históricas. Carcavelos é conhecida pela sua praia arenosa e a sua fortaleza do século XVII – a maior de Lisboa. Em torno a São Pedro, São João e Santo António do Estoril as praias adquirem mais arribas com compartimentos arenosos na parte inferior dos palácios aristocráticos, chalés de luxo, refúgio de reis exilados e políticos. A cosmopolita cidade do Estoril oferece a bonita praia do Tamariz e o maior casino da Europa, seus jardins, cafés e esplanada. O porto pesqueiro de Cascais rapidamente passou a ser um elegante e cosmopolita recurso costeiro, donde há uma satisfatória vista da baía do Estoril e podem observar-se os típicos barcos pesqueiros que descarregam o peixe, uma marina e um castelo. Seguimos pelo passeio marítimo com praias rochosas e arenosas e a pitoresca falésia – a Boca do Inferno – uma gruta cavada pelas ondas que chocam na rocha e se desfazem em espuma rugindo e bramando. E depois vem Guincho, uma extensa praia de areia e bastante ventosa, protegida por dunas, um verdadeiro paraíso para surfistas. Subimos a montanha por uma estrada serpentiforme com fabulosas vistas do litoral e chegamos ao cabo da Roca – o ponto mais ocidental da Europa continental, promontório da montanha de Sintra, uma alta falésia de granito, de 144 metros de altura, com uma fantástica vista da costa. Continuação pela exuberante montanha de Sintra e seus jardins – o Glorioso Eden – por estradas sinuosas circundadas de varias espécies de plantas, colinas místicas decoradas de palácios de contos de fadas e exuberantes chalés, que encantou visitantes durante séculos. A cidade histórica de Sintra é património da UNESCO. Consta de um encantador labirinto de estreitas ruas recurvadas com sumptuosos e seculares palacetes, que se dissimulam por detrás das paredes líquen-cobertas, enquanto as refinadas lojas locais de pastelaria proporcionam as famosas ‘queijadas de Sintra’ (confeitaria com queijo) e os ‘travesseiros’ (doce de ovos e amêndoa) e o vinho da região. A cidade está também cheia de lojas de artesanato que transbordam de várias artes locais como a cerâmica e os bordados. Orgulhosa da sua história, esta vila é dominada pelas 2 chaminés cónicas do Palácio Nacional de Sintra do século XIV, o palácio real mais antigo de Portugal, onde os conquistadores do mar programaram as suas viagens. Continuamos até um dos pontos mais elevados da montanha, por uma estreita e empinada estrada do bosque de Sintra, passando perto do misterioso Castelo Mouro. O palácio da Pena e o seu parque circundante, elevam-se a 500 metros sobre o nível do mar, com uma profusão de modelos ecléticos (mourisco, barroco, gótico, renascentista, manuelino), sobre um promontório rochoso, apropriado a um castelo. De regresso a Lisboa, passamos diante do palácio de Queluz, do século XVIII, o Versalhes Português.